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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pensamentos de um coração abandonado

O amor me fez loucura
tua imagem, meu delírio
em soturnos devaneios
procuro um vislumbre do meu amor

Por outro coração te fostes
deixou-me sob a relva abandonada
perfuraste um buraco em meu peito
agora por esta ferida
desce o abismo da solidão

Angustiada,
rendo-me à fraqueza humana
de fechar os olhos
e adormecer
destinada à pesadelos
não sabe se acorda das imagens
ou dorme para sempre

E que mal te fiz, amor?
para meus dias fadar à tortura
Que mal te fiz, amor?
para deixares de me amar
[se ao menos algum dia me amastes]

Só lembro um formoso dia
em que sob o sol te vi esplendido
porém, saiba eu
que o passado é um cometa
que iluminou o céu em beleza
mas que partiu para nunca mais voltar
deixando nada mais que escuridão para trás.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O velho Ano Novo

    E de repente é janeiro! É mágico como a simples mudança dos numeros de um relogio é o suficiente para colocar fim a todo um ciclo e iniciar um novo. Tudo isso traduz-se por duas simples palavras - Ano Novo.     
    Após o início de outros 12 meses, chegam os dias desconhecidos, banhados de esperanças e desejos - casa nova, namorado novo, perder peso, aprender a cozinhar, conseguir um emprego ou mesmo ser promovido, entre tantos outros. Alguns desejos são novos, mas,outros muito antigos...muitos desses estão na lista há muitos anos novos. E o que acontece com esses anos novos e as fés neles depositadas?
    De repente acostuma-se com a ideia de que é janeiro de novo e, logo, esquece-se a magias de novos dias, chegam os ipvas, os iptus, os relatórios atrasados, a volta à escola, entre tantas outras cobranças da vida. E o momento mágico anunciado pela virada de ano prova-se ilusório, porque o que acaba acontecendo na vida são as mesmas coisas de sempre.
     É, logo em janeiro já nos damos conta do que realmente acontece e,então, acabamos nos conformando com mais 11 meses de mesmice, até que um novo ano bata à porta para que possamos nos lembrar um pouco com a magia da renovação de uma vida dura. E assim todos os ciclos vão chegando e indo. Não existe Ano Novo. Logo percebemos isso. São todos o mesmo ano velho...Mas quanta hipocrisia se você se conforma com isso.
     Na verdade, não são os anos que são velhos. Somos nós! Chega ano e sai ano e é a mesma rotina, os mesmos pensamentos, os mesmos valores, os mesmos hábitos, os mesmos vícios e a mesma falta de vontade. Eu vou te dizer uma coisa - nenhuma pedra rola sem uma força para dar-lhe o impulso. É pura física óbvia. O ano que chegou recheado de sonhos e esperanças é uma pedra preciosa novinha...só esperando pelo nosso impulso e não contrário. O começo desse novo ciclo é uma chance de tranformarmos nossas vidas, de guardar a espença de dias novos até 31 de dezembro e lembrar da força que temos de ter uma vida nova a todo momento.
     Finalmente, esta é a liçao -  não é o ano que tem que renovar nossas vidas, mas nós que devemos renovar o ano e a vida. Quem não conorda comigo, não deveria nem ter se dado o trabalho de ler esse texto e quem concorda, ja tera esquecido a mensagem até amanhã. De todo o modo, disse o que tinha a obrigação de dizer e ano que vem, estarei com outro texto para dizer essa velha lição de moral.

"Aos que tiverem a coragem de tentar, a glória do futuro os saúda."

Feliz 2011!

O arrebate divino

Contam os anjos no céu
que o homem percorre muitas estradas
em algumas, a paisagem é cruel
delas não sobra alegria
não sobra nada

Mas alegrias violentas
guiadas pelo destino
seguem os cantos
embalam os sinos
procurando o amor
que se esconde de fininho

Procurando o sentimento
inocente como um menino
travesso
encantado
doloroso

E de todas as estradas
percorridas pelo homem
diz a vida 
que a poucos o sentimento verdadeiro encontre
para que algumas jornadas
sintam tantas dores quanto o insone
que sonha acordado com o arrebate divino:
amor.