Fizestes bem, quando ouviste teu coração
Razão oculta de teus males,
Dos vales da incerteza e da dor,
Das colinas do júbilo e do amor.
Acalma-te, o tempo a tudo cura;
Mesmo a ternura que perdeste,
E em cético e melancólico tornou-te;
Novamente um dia iluminar-te-á.
Pelos dramas da vida tu hás de passar;
Mesmo que nem sempre seja possível o futuro antever
Faças tudo para um dia nada ter do que se arrepender.
Mas a tempestade cessará,
E a calmaria certamente chegará;
E bosques tranqüilos teu espírito percorrerá.
Literatura - Expressa
Literatura - Expressa - Literatura!!!
sexta-feira, 30 de abril de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
"Desculpe incomodar!"
Tudo começa com um
-“Quantos anos você tem?”
-“Asma, diabetes, hipertenso?”
e termina, na maioria das vezes, com uma frase que já quer descansar:
-“18 anos apenas com doenças crônicas!”
O susto, primeiramente, é brando,
Mas presenciando um meio em que para tudo se dá um jeito,
-“Vem menina, larga de bobagem! Tem muita vacina aqui! Vou até esconder uma pra ti, mesmo que não precise. Quase ninguém apareceu no posto hoje! To te esperando...”
Ulteriormente, causa indignação!
Pelo que se tem, não é preciso se preocupar. Já que, se, ao andar pela rua, a “doença da vez” irá perguntar:
-“18 anos?”
-“Sim!”
-“Desculpe incomodar!”
-“Quantos anos você tem?”
-“Asma, diabetes, hipertenso?”
e termina, na maioria das vezes, com uma frase que já quer descansar:
-“18 anos apenas com doenças crônicas!”
O susto, primeiramente, é brando,
Mas presenciando um meio em que para tudo se dá um jeito,
-“Vem menina, larga de bobagem! Tem muita vacina aqui! Vou até esconder uma pra ti, mesmo que não precise. Quase ninguém apareceu no posto hoje! To te esperando...”
Ulteriormente, causa indignação!
Pelo que se tem, não é preciso se preocupar. Já que, se, ao andar pela rua, a “doença da vez” irá perguntar:
-“18 anos?”
-“Sim!”
-“Desculpe incomodar!”
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Pedro Vinícius Oliveira Sousa
sábado, 24 de abril de 2010
A casa dos Duartes
Nossa história começa em uma manhã de inverno em Emilyville. A áurea estava densa e com um forte aroma de suspense. No alto do morro havia uma casa que por muitos anos, desde a morte da família Duarte, ninguém morava ou alugava.
Como em qualquer cidadezinha mal-habitada, existiam vários boatos sobre a morte dos Duartes. Alguns eram tão exagerados que se tornaram lendas para assustar as criancinhas, porém todos começavam da mesma maneira.
Falavam que a família Duarte nunca saía de casa, era discreta e poucos moradores de Emilyville atreviam-se a dizer que já os tinham visto. Todos os serviços, como cuidar do jardim, levar o jornal e o leite, e em alguns casos, repelir meninos que brincavam nos terrenos da casa, eram feitos por Severino, um idoso militar reformado que sofria intensas dores na perna quase todos os dias, desde a sua volta da Primeira Guerra Mundial.
Alguns diziam que Severino tinha matado os Duartes com a esperança de herdar o casarão, mas essa história foi sendo esquecida, pois ele já havia provado sua inocência e só queria continuar a fazer os serviços diários aos seus falecidos patrões. Outros diziam que viam todos os dias vultos e velas voando através das antigas janelas do velho casarão.
Certa vez, para mostrar coragem aos seus colegas, um menino decidiu entrar na casa à noite, pegar uma das “velas flutuantes” e acenar pela janela aberta do último andar, mas para isso ele teria que passar por Severino e não ser visto. Ele sabia que desde o falecimento da família, a chave mestra ficava no casebre onde o serviçal morava. Ele pulou a grade de ferro do terreno com muito cuidado para não fazer as hastes enferrujadas rangerem.
Ao pular, correu para o casebre onde Severino ficava, ao fundo do terreno. Para a sua sorte, ao abrir a porta, viu que ele encontrava-se adormecido, e o garoto teve apenas que tirar a chave de cima do criado-mudo, e se encaminhar para a porta dos fundos, com a finalidade de não chamar muito a atenção de vizinhos curiosos.
Quando entrou na casa, não conseguia ver muito, pois a casa era escura e ele não tinha levado nenhuma lanterna. Sabia que estava na cozinha, pois havia um fogão, uma mesa e uma pia. Seguiu pelo corredor e viu uma vela presa a um castiçal, segurou-a e a acendeu na lareira, que estranhamente estava acesa. Ao chegar no último andar, sentia calafrios, pois tinha certeza de que alguém o estava observando. Viu a janela já aberta, e sentiu aquela gélida brisa.
Lá de fora, seus amigos olhavam atentamente quando ele chegou à janela com a vela acesa na mão. Mas de repente algo estranho aconteceu. Os garotos ouviram um grito de dentro da casa e viram a família Duarte apagando a vela e fechando a janela.
Uma fria voz de criança disse:
-- Oba mamãe, mais um amiguinho para mim!
Nunca se soube o que aconteceu naquela noite. Algumas décadas depois surgiram mais boatos que reviveram o suspense daquela casa de terror, daquele lugar que todos conheciam apenas como a casa dos Duartes.
Como em qualquer cidadezinha mal-habitada, existiam vários boatos sobre a morte dos Duartes. Alguns eram tão exagerados que se tornaram lendas para assustar as criancinhas, porém todos começavam da mesma maneira.
Falavam que a família Duarte nunca saía de casa, era discreta e poucos moradores de Emilyville atreviam-se a dizer que já os tinham visto. Todos os serviços, como cuidar do jardim, levar o jornal e o leite, e em alguns casos, repelir meninos que brincavam nos terrenos da casa, eram feitos por Severino, um idoso militar reformado que sofria intensas dores na perna quase todos os dias, desde a sua volta da Primeira Guerra Mundial.
Alguns diziam que Severino tinha matado os Duartes com a esperança de herdar o casarão, mas essa história foi sendo esquecida, pois ele já havia provado sua inocência e só queria continuar a fazer os serviços diários aos seus falecidos patrões. Outros diziam que viam todos os dias vultos e velas voando através das antigas janelas do velho casarão.
Certa vez, para mostrar coragem aos seus colegas, um menino decidiu entrar na casa à noite, pegar uma das “velas flutuantes” e acenar pela janela aberta do último andar, mas para isso ele teria que passar por Severino e não ser visto. Ele sabia que desde o falecimento da família, a chave mestra ficava no casebre onde o serviçal morava. Ele pulou a grade de ferro do terreno com muito cuidado para não fazer as hastes enferrujadas rangerem.
Ao pular, correu para o casebre onde Severino ficava, ao fundo do terreno. Para a sua sorte, ao abrir a porta, viu que ele encontrava-se adormecido, e o garoto teve apenas que tirar a chave de cima do criado-mudo, e se encaminhar para a porta dos fundos, com a finalidade de não chamar muito a atenção de vizinhos curiosos.
Quando entrou na casa, não conseguia ver muito, pois a casa era escura e ele não tinha levado nenhuma lanterna. Sabia que estava na cozinha, pois havia um fogão, uma mesa e uma pia. Seguiu pelo corredor e viu uma vela presa a um castiçal, segurou-a e a acendeu na lareira, que estranhamente estava acesa. Ao chegar no último andar, sentia calafrios, pois tinha certeza de que alguém o estava observando. Viu a janela já aberta, e sentiu aquela gélida brisa.
Lá de fora, seus amigos olhavam atentamente quando ele chegou à janela com a vela acesa na mão. Mas de repente algo estranho aconteceu. Os garotos ouviram um grito de dentro da casa e viram a família Duarte apagando a vela e fechando a janela.
Uma fria voz de criança disse:
-- Oba mamãe, mais um amiguinho para mim!
Nunca se soube o que aconteceu naquela noite. Algumas décadas depois surgiram mais boatos que reviveram o suspense daquela casa de terror, daquele lugar que todos conheciam apenas como a casa dos Duartes.
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Pedro Vinícius Oliveira Sousa
Eros e Psique
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
por Fernando Pessoa
Pergunte a si mesmo que tipo de sentimento queres para abrigar teu coração, pois um dia, se tiveres sorte, talvez irás achar a tua alma, a alma que nunca abrigou teu corpo, e devolverás a alma de alguém que possuía a tua. Não somos completos. Há sempre alguém abrigando o que realmente nos faz feliz. Amor[Eros] e Alma[Psique] são um casamento raro de se achar, mas não impossível, pois é eterno. Sempre foi. E sempre será.
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
por Fernando Pessoa
Pergunte a si mesmo que tipo de sentimento queres para abrigar teu coração, pois um dia, se tiveres sorte, talvez irás achar a tua alma, a alma que nunca abrigou teu corpo, e devolverás a alma de alguém que possuía a tua. Não somos completos. Há sempre alguém abrigando o que realmente nos faz feliz. Amor[Eros] e Alma[Psique] são um casamento raro de se achar, mas não impossível, pois é eterno. Sempre foi. E sempre será.
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Bruna Guimarães
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Palavras leves [Ode ao dia do livro]
Escancaradas sobre a mesa estavam
as palavras leves como pluma
unidas sua mensagem encantava
aos diversos olhos sedentos de conhecimento
Por vezes, em seu leito letrado
verdes montanhas se estendiam
o vento guiando heróis apaixonados
cidades de pedra
mentes confusas
magos, dragões e céus e tudo
as páginas ofereciam
em um tempo totalmente acidentado
E ao respirar aventuras várias de um livro
o espírito começou a aprender a viver
era a chave de um mundo tão [des]conhecido
os Livros,
a porta da grandeza do saber.
Minha homenagem ao dia do livro...Clarice Linspector, Machado de Assis, Álvares de Azevedo, J.K. Rowling, Rick Riordan, Stephenie Meyer, Dan Brown, entre tantos outros. Aos autores que fazem das letras, o mais confortante repouso da alma. E aos leitores, que se deixam levar por essa beleza.
Agradeço...
as palavras leves como pluma
unidas sua mensagem encantava
aos diversos olhos sedentos de conhecimento
Por vezes, em seu leito letrado
verdes montanhas se estendiam
o vento guiando heróis apaixonados
cidades de pedra
mentes confusas
magos, dragões e céus e tudo
as páginas ofereciam
em um tempo totalmente acidentado
E ao respirar aventuras várias de um livro
o espírito começou a aprender a viver
era a chave de um mundo tão [des]conhecido
os Livros,
a porta da grandeza do saber.
Minha homenagem ao dia do livro...Clarice Linspector, Machado de Assis, Álvares de Azevedo, J.K. Rowling, Rick Riordan, Stephenie Meyer, Dan Brown, entre tantos outros. Aos autores que fazem das letras, o mais confortante repouso da alma. E aos leitores, que se deixam levar por essa beleza.
Agradeço...
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Bruna Guimarães
O diário de um soldado
Quando nada mais importa, descobrimos o valor que damos a cada coisa, o sentido exato daquela caixa de música ou da lembrança mais remota da infância, que teima em voltar cada vez mais nítida. Acho que foi isso que eu aprendi quando fui para a guerra... mas e agora, onde está aquela bravura?
Por que estava ali? O que eu iria ganhar? O que eu iria... perder? Cada segundo pareciam minutos, cada minuto, horas, e cada hora pareciam intermináveis séculos. O céu era escuro, parecia ficar mais escuro a cada tiro que se dava, a cada corpo que caía em combate. O ar tinha um cheiro de embrulhar o estômago, pois misturavam o mal-cheiro dos corpos mortos com sangue e pavor.
Estávamos em Dresden, uma pequena cidadezinha que se encontrava em ruínas e desabitada, no interior da Alemanha. Não dormia há dias, minha tropa - ou, o que sobrou do último ataque – continuava estática, sem condições de recuar ou avançar, esperando um vacilo do inimigo.
Começou a chover. Olhei para o céu, aquele céu que me tirava as esperanças, agora, parecia sorrir. O som daquelas gotas caindo no chão, parecia o som de uma grande orquestra tocando só para mim. Será que estava delirando?
De repente, o som da chuva foi abafado por várias bombas seguidas de vários tiros de metralhadora. Por um instante não quis deixar aquele momento glorioso, mas para sobreviver, era preciso. Ouvi gritos de socorro... sangue jorrando de todos os lados...os “grandes homens” pareciam pequenos meninos.
Os séculos, pareciam milênios, os milênios, o infinito... Ainda chovia? Tudo parecia calmo novamente. O ataque havia acabado? Não conseguia ver nada, não distinguia nada. Uma esperança... com incerteza. Voltei a sentir os pingos de água da chuva em meu rosto... então sorri.
Escrito em 2006.
23 de Abril - Dia Mundial do Livro.
Por que estava ali? O que eu iria ganhar? O que eu iria... perder? Cada segundo pareciam minutos, cada minuto, horas, e cada hora pareciam intermináveis séculos. O céu era escuro, parecia ficar mais escuro a cada tiro que se dava, a cada corpo que caía em combate. O ar tinha um cheiro de embrulhar o estômago, pois misturavam o mal-cheiro dos corpos mortos com sangue e pavor.
Estávamos em Dresden, uma pequena cidadezinha que se encontrava em ruínas e desabitada, no interior da Alemanha. Não dormia há dias, minha tropa - ou, o que sobrou do último ataque – continuava estática, sem condições de recuar ou avançar, esperando um vacilo do inimigo.
Começou a chover. Olhei para o céu, aquele céu que me tirava as esperanças, agora, parecia sorrir. O som daquelas gotas caindo no chão, parecia o som de uma grande orquestra tocando só para mim. Será que estava delirando?
De repente, o som da chuva foi abafado por várias bombas seguidas de vários tiros de metralhadora. Por um instante não quis deixar aquele momento glorioso, mas para sobreviver, era preciso. Ouvi gritos de socorro... sangue jorrando de todos os lados...os “grandes homens” pareciam pequenos meninos.
Os séculos, pareciam milênios, os milênios, o infinito... Ainda chovia? Tudo parecia calmo novamente. O ataque havia acabado? Não conseguia ver nada, não distinguia nada. Uma esperança... com incerteza. Voltei a sentir os pingos de água da chuva em meu rosto... então sorri.
Escrito em 2006.
23 de Abril - Dia Mundial do Livro.
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Pedro Vinícius Oliveira Sousa
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Uns e outros muitos e poucos
Uma família
Uma vida
Algum tempo
Um jovem
Uma cidade
Um momento
Um beijo
Duas vidas
Uma despedida
Uma lembrança
Muitos caminhos
Muitas decisões
Algumas frustrações
Muito trabalho
Algum Medo
Uma lágrima
Muita paz
Um sorriso
Uma certeza
Muitos sonhos
Muitos amores
Muitos amigos
Muita Poesia
Muitas Vidas
Muitos Tempos...
Muito de tudo
Pouco do todo
Começa tudo de novo,
Queremos sempre mais um pouco...
Uma vida
Algum tempo
Um jovem
Uma cidade
Um momento
Um beijo
Duas vidas
Uma despedida
Uma lembrança
Muitos caminhos
Muitas decisões
Algumas frustrações
Muito trabalho
Algum Medo
Uma lágrima
Muita paz
Um sorriso
Uma certeza
Muitos sonhos
Muitos amores
Muitos amigos
Muita Poesia
Muitas Vidas
Muitos Tempos...
Muito de tudo
Pouco do todo
Começa tudo de novo,
Queremos sempre mais um pouco...
Desculpas aos companheiros por demorar demasiadamente a postar
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Ivaldo Neto
terça-feira, 20 de abril de 2010
Vinteum, vintecinco e vinteoito!
21:25:28
A aula metódica e monótona de metodologia causa reflexão
alterada ou não
tudo se determina por cada concepção
tudo se finaliza pela indagação
o que é?
o que são?
as perguntas procuram o 'xis' da questão
por que sim?
porque não!
As ideias ultrapassadas perpassam até hoje
nos encaminham a um mundo de caminhos
a caminho de um mesmo fim
mascarou-se o "porque sim!"
mascou-se o "porque não!"
Palavras bonitas roubam sem roubar
sem querer
o lugar nas mentes científicas
das palavras ingênuas que se dão por se dar
Chegam a chegar primeiro
porém perdem o seu lugar.
Às vezes nao consegue falar o que quis
Muito menos viver o que diz
O conhecimento utiliza imagens
de sua primária reflexão.
As aparências enganam e se enganam
por aparentarem ser as donas da razão.
A sociedade pragmática se pergunta
o 'xis', o 'ipsilon' e o 'zê' para se estudar
mas se contenta ao chegar
a um conhecimento dito científico
As letras desaparecem
e tudo o que se vê é...
Será este o conhecimento?
Como uma casa que encontra tijolos
e já quer encimentar
A vida é bela
A justiça é cega
Se pensa, pensa, pensa até chegar
ao ponto de tudo negar!
Verdade é momento!
Pois na verdade
tudo depende de como você a vê!
Verdadeiramente.
21:56:52.
A aula metódica e monótona de metodologia causa reflexão
alterada ou não
tudo se determina por cada concepção
tudo se finaliza pela indagação
o que é?
o que são?
as perguntas procuram o 'xis' da questão
por que sim?
porque não!
As ideias ultrapassadas perpassam até hoje
nos encaminham a um mundo de caminhos
a caminho de um mesmo fim
mascarou-se o "porque sim!"
mascou-se o "porque não!"
Palavras bonitas roubam sem roubar
sem querer
o lugar nas mentes científicas
das palavras ingênuas que se dão por se dar
Chegam a chegar primeiro
porém perdem o seu lugar.
Às vezes nao consegue falar o que quis
Muito menos viver o que diz
O conhecimento utiliza imagens
de sua primária reflexão.
As aparências enganam e se enganam
por aparentarem ser as donas da razão.
A sociedade pragmática se pergunta
o 'xis', o 'ipsilon' e o 'zê' para se estudar
mas se contenta ao chegar
a um conhecimento dito científico
As letras desaparecem
e tudo o que se vê é...
Será este o conhecimento?
Como uma casa que encontra tijolos
e já quer encimentar
A vida é bela
A justiça é cega
Se pensa, pensa, pensa até chegar
ao ponto de tudo negar!
Verdade é momento!
Pois na verdade
tudo depende de como você a vê!
Verdadeiramente.
21:56:52.
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Pedro Vinícius Oliveira Sousa
domingo, 18 de abril de 2010
Essas histórias
Essas histórias
que contam os velhos
vividas por jovens
sob sóis e luares
Pelas ruas e campos
existem mundos e fundos
contados em segundos
rápidos ou lentos
[mas sem parar]
Imagine só
quantos olhos brilhantes
de alegria ou dor
em histórias de amantes
ou canções de ninar
De crianças que crescem
brincam
e adormecem
para somente sonhar
De adultos que cantam
e colhem vitórias e derrotas
para contar
E no embalo da vida
quando as coisas mudam de lugar
surgem momentos
nunca à vista
para nos fazer cantar
um mundo de sorriso
choros e fantasias
pensamentos insanos
que se misturam nessas histórias
de vários corações.
que contam os velhos
vividas por jovens
sob sóis e luares
Pelas ruas e campos
existem mundos e fundos
contados em segundos
rápidos ou lentos
[mas sem parar]
Imagine só
quantos olhos brilhantes
de alegria ou dor
em histórias de amantes
ou canções de ninar
De crianças que crescem
brincam
e adormecem
para somente sonhar
De adultos que cantam
e colhem vitórias e derrotas
para contar
E no embalo da vida
quando as coisas mudam de lugar
surgem momentos
nunca à vista
para nos fazer cantar
um mundo de sorriso
choros e fantasias
pensamentos insanos
que se misturam nessas histórias
de vários corações.
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Bruna Guimarães
quinta-feira, 15 de abril de 2010
E assim se faz!
Enquanto alguns dizem que a união faz a força
Outros dizem que a força faz a união.
De trás para frente
De frente para trás
Tanto faz
Todos os lados mostram uma mesma verdade
Na prosa viva
No dia a dia
Sabemos que a historinha contada antes de dormir
Repassada pelas gerações afim
Ainda tem um toque que acalma e nos faz pensar:
Dispostos
Postos
Esperançosos
A vida que é!
Pra que tentar
Se ela não tem nada a que se juntar?
Não apenas quem tem a união faz a força
Mas, quem tem a força também faz a união
De trás para frente
De frente para trás
Faz-se assim!
E por que não
“Assim se faz?”
Outros dizem que a força faz a união.
De trás para frente
De frente para trás
Tanto faz
Todos os lados mostram uma mesma verdade
Na prosa viva
No dia a dia
Sabemos que a historinha contada antes de dormir
Repassada pelas gerações afim
Ainda tem um toque que acalma e nos faz pensar:
Dispostos
Postos
Esperançosos
A vida que é!
Pra que tentar
Se ela não tem nada a que se juntar?
Não apenas quem tem a união faz a força
Mas, quem tem a força também faz a união
De trás para frente
De frente para trás
Faz-se assim!
E por que não
“Assim se faz?”
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Pedro Vinícius Oliveira Sousa
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Por que não é tão fácil escrever poesias
1-É preciso escrever impulsionado por algum tipo de sentimento, lembrança, sonho ou anseio, de forma que seja uma conseqüência natural do estado de espírito do poeta; de outra forma tornar-se-ia um ato extremamente mecânico e bisonhamente artificial.
2-Muitas vezes os poetas são bastante perfeccionistas (conheço alguns que rasgam suas poesias por não as acharem bem acabadas) (Sê-lo-ia eu um deles?) (risos).
3-Muitas vezes perde-se bastante tempo (de forma perfeitamente justificada e necessária é claro) buscando aquela palavrinha que “encaixa”, que faz a mágica acontecer, seja em significado, musicalidade, etc.
4(facultativo)-Muitos precisam da inspiração como combustível para sua escrita; não é fator essencial, mas temos que concordar que dá um toque de perfeição e ajuda muito na composição.
5-Às vezes há na mente do poeta uma temática a ser seguida, algo que se pretende expor; mas quando é esse o caso, é necessário articular o texto de forma que o leitor possa seguir a linha de raciocínio do autor, para que seja alcançado o efeito desejado.
Esses são apenas alguns dos pormenores do fazer poético que mostram porque essa é uma arte que não é tão fácil como alguns pensam...
2-Muitas vezes os poetas são bastante perfeccionistas (conheço alguns que rasgam suas poesias por não as acharem bem acabadas) (Sê-lo-ia eu um deles?) (risos).
3-Muitas vezes perde-se bastante tempo (de forma perfeitamente justificada e necessária é claro) buscando aquela palavrinha que “encaixa”, que faz a mágica acontecer, seja em significado, musicalidade, etc.
4(facultativo)-Muitos precisam da inspiração como combustível para sua escrita; não é fator essencial, mas temos que concordar que dá um toque de perfeição e ajuda muito na composição.
5-Às vezes há na mente do poeta uma temática a ser seguida, algo que se pretende expor; mas quando é esse o caso, é necessário articular o texto de forma que o leitor possa seguir a linha de raciocínio do autor, para que seja alcançado o efeito desejado.
Esses são apenas alguns dos pormenores do fazer poético que mostram porque essa é uma arte que não é tão fácil como alguns pensam...
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Ivaldo Neto
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Drakkar
Do Mar salgado e frio do Norte,
Forte vento sopra nas velas;
O mastro firme aponta o horizonte:
Drakkar, navio dos bravos,
Carrasco dos fracos,
Tesouro dos mares.
Remam contra a correnteza;
Que beleza de tempestade!
A majestade de Odin testa os filhos de Valhalla,
Mortalha aos fracos; glória aos bravos.
Impávidos e fatais;
Na fama imortais, heróis de valor;
Desdenham da dor,
Amor de batalha,
Paixão pela guerra.
Forte vento sopra nas velas;
O mastro firme aponta o horizonte:
Drakkar, navio dos bravos,
Carrasco dos fracos,
Tesouro dos mares.
Remam contra a correnteza;
Que beleza de tempestade!
A majestade de Odin testa os filhos de Valhalla,
Mortalha aos fracos; glória aos bravos.
Impávidos e fatais;
Na fama imortais, heróis de valor;
Desdenham da dor,
Amor de batalha,
Paixão pela guerra.
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Ivaldo Neto
O Caboco do Sertão
O Caboco do sertão não sabe ler,
Nem escrever.
Para os cabocos do sertão,
nem certidão para os seus filhos, conseguirão!
O Caboco do sertão tem mais vontade de ir à cidade,
do que roçar o grão,
para ver o que é realmente “bão”.
Quando chega lá,
com o coração mais perto de cá,
deixa a vista se levar até o ponto de encontro das últimas
janelas de cada prédio da Rua São Sebastião –
nome do seu falecido patrão!
De mala e cuia,
a barriga grande por fora
E vazia por dentro
pede comida
Teve que se contentar com um copo d’água e migalhas de pão!
Eita caboco do sertão,
por que você trocou seu mole colchão por um pedaço de papelão?
Eita meu Deus, por que fui sair do meu sertão?
Nem escrever.
Para os cabocos do sertão,
nem certidão para os seus filhos, conseguirão!
O Caboco do sertão tem mais vontade de ir à cidade,
do que roçar o grão,
para ver o que é realmente “bão”.
Quando chega lá,
com o coração mais perto de cá,
deixa a vista se levar até o ponto de encontro das últimas
janelas de cada prédio da Rua São Sebastião –
nome do seu falecido patrão!
De mala e cuia,
a barriga grande por fora
E vazia por dentro
pede comida
Teve que se contentar com um copo d’água e migalhas de pão!
Eita caboco do sertão,
por que você trocou seu mole colchão por um pedaço de papelão?
Eita meu Deus, por que fui sair do meu sertão?
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Pedro Vinícius Oliveira Sousa
terça-feira, 6 de abril de 2010
O tudo é assim
Por que que o tudo é assim?
Acima de mim
Acima de nós
Perdemos a voz
Não falamos nada
Paro na imagem congelada
A cena não quer passar
Mas quem irá mostrar como se faz?
Quem veio pra ensinar
Bateu asas e voou
Será essa a solução?
Mas muitos são presos
Ilesos
Sim, senhor!
Em correntes de ouro
Outro
Ouro
E outro...
A experiência do errado
Aponta uma esperança
Embasada na lembrança
Que se esqueceu de chegar
Para ensinar
Esse mundo tão virado!
Acima de mim
Acima de nós
Perdemos a voz
Não falamos nada
Paro na imagem congelada
A cena não quer passar
Mas quem irá mostrar como se faz?
Quem veio pra ensinar
Bateu asas e voou
Será essa a solução?
Mas muitos são presos
Ilesos
Sim, senhor!
Em correntes de ouro
Outro
Ouro
E outro...
A experiência do errado
Aponta uma esperança
Embasada na lembrança
Que se esqueceu de chegar
Para ensinar
Esse mundo tão virado!
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Pedro Vinícius Oliveira Sousa
Um pouco de Shakespeare
“Ser ou não ser, eis a questão”. Essa frase, imortalizada por Hamlet, príncipe dinamarquês da peça homônima, é amplamente conhecida aonde quer que seja. William Shakespeare faz parte daquela pequena parcela de escritores que conseguem vencer as barreiras do tempo e tornar-se (por meio de suas obras) imortais. A peculiaridade tanto do fazer poético (sim, caso você não saiba Shakespeare foi exímio sonetista) como no fazer dramático despertam até hoje a curiosidade de admiradores e estudiosos. Mas tal qual a máxima que ilustra este primeiro parágrafo, é inevitável perguntar: quem foi realmente William Shakespeare? Devo ressaltar aqui que não tenho a pretensão de responder de forma exata este questionamento; certamente existem pessoas mais capazes em busca de respostas semelhantes. Mas, vamos em frente.
Shakespeare nasceu em uma pequena cidade (para não dizer vilarejo) chamada Stratford-upon-Avon, na qual viveu boa parte da juventude. Logo se cansou do ambiente rural e buscou vôos mais altos. Não há um consenso de quando William partiu para Londres, tampouco como se iniciou sua carreira literária, mas dizem os historiadores que ele teria participado de trupes teatrais (inicialmente como ator) para sobreviver na dura Londres do século XVI. Obviamente, realizou-se no processo, futuramente escrevendo as obras-primas que conhecemos. Há, no entanto um fato curioso a respeito de seus dados biográficos: durante aproximadamente uma década, não existem registros sobre as atividades do dramaturgo inglês. O que ele teria feito nesse espaço temporal é um completo mistério.
Shakespeare podia ser considerado um homem à frente de seu tempo: o valor de seus escritos literários é tal que se duvida até hoje que eles tenham sido elaborados por apenas uma pessoa (o fato de ele rubricar seus escritos de formas razoavelmente diferentes colabora com esta tese).
No entanto, mais do que o dramaturgo, é a obra que mais fascinou e continua fascinando a todos. Em plena Inglaterra do século XVI, Shakespeare tematiza o amor Romântico (ainda que no teatro) antes mesmo do surgimento do Romantismo como movimento literário, fato que só ocorreria após a publicação de “Os Sofrimentos do Jovem Werther” de Johan Wolfgang Von Goethe; cria comédias cuja riqueza de detalhes e de enredo as eleva a uma categoria válida e preciosa na Dramaturgia (vale lembrar que a Comédia era um gênero popular à época, mas ao qual não era dado o devido valor); transformou sentimentos em palavras na forma dos sonetos shakespeareanos, diferentes quanto à forma e conteúdo.
Apenas palavras minhas tornariam excessivamente tediosa e árida a leitura desse artigo; tomo então a liberdade de citar algumas das passagens do próprio Dramaturgo inglês:
“O amor é feito dos vapores dos suspiros dos apaixonados”.
“Que luz é aquela que vem da janela? É o Leste, e Julieta é o Sol”.
“Se a música é o alimento do amor, não parem de tocar. Dêem-me música em excesso; tanta que depois de saciar, mate de náusea o apetite”.
Tema tarimbado na obra Shakespeariana, o amor foi mostrado, homenageado e sorvido de diversas formas. Em Romeu e Julieta revela-se a intensidade do Amor, tão forte quanto a morte, dramático e sublime; trágico. Em Sonho de Uma Noite de Verão, divertimo-nos observando a inconstância e imprevisibilidade do Amor, suscetível a toda sorte de acasos. Ainda que seja impossível retratar tão sublime sentimento apenas com palavras, William Shakespeare fez tanto quanto um Homem pode fazer para expressar seu apreço ao Amor. Porém engana-se quem pensa que ele teve uma vida amorosa feliz; casou-se ainda jovem com Anne Hathaway, mulher 9 anos mais velha que a ele deu a luz dois filhos; tão inconstante como as próprias paixões que retratava, William parte em busca de novas paixões, renegando o próprio casamento e a família, mostrando como muitas vezes o fim da paixão tem como conseqüência o fim do amor, sendo este tão frágil como um fio de cabelo e (ironicamente) ao mesmo tempo tão forte quanto a morte (que o provem o veneno sorvido por Romeu e a lâmina cruel que vitimou Julieta, os quais mesmo ceifando a vida de ambos, não foi capaz de destruir o amor entre eles, imortalizado na masterpiece shakespeariana). Pois assim é o amor: para que a chama se mantenha acesa, é preciso que ambos os amantes doem do calor de seus corações, de suas almas.
Também a nobreza, a ambição, feitos heróicos e traições são retratados de forma irrepreensível em obras como Otelo, Ricardo III, MacBeth e o Mercador de Veneza. Curiosamente, porém, Shakespeare não foi tão famoso à época como é hoje em dia; naqueles tempos ainda que fosse admirado, perdia em notoriedade para o jovem Christopher Marlowe, favorito de Londres, igualmente talentoso. Entretanto, o tempo confirmou o que anteriormente foi dito: Shakespeare é imortal até os dias de hoje (ao contrário de Marlowe sequer comentado na atualidade); foi realmente um homem a frente de seu tempo...
Shakespeare nasceu em uma pequena cidade (para não dizer vilarejo) chamada Stratford-upon-Avon, na qual viveu boa parte da juventude. Logo se cansou do ambiente rural e buscou vôos mais altos. Não há um consenso de quando William partiu para Londres, tampouco como se iniciou sua carreira literária, mas dizem os historiadores que ele teria participado de trupes teatrais (inicialmente como ator) para sobreviver na dura Londres do século XVI. Obviamente, realizou-se no processo, futuramente escrevendo as obras-primas que conhecemos. Há, no entanto um fato curioso a respeito de seus dados biográficos: durante aproximadamente uma década, não existem registros sobre as atividades do dramaturgo inglês. O que ele teria feito nesse espaço temporal é um completo mistério.
Shakespeare podia ser considerado um homem à frente de seu tempo: o valor de seus escritos literários é tal que se duvida até hoje que eles tenham sido elaborados por apenas uma pessoa (o fato de ele rubricar seus escritos de formas razoavelmente diferentes colabora com esta tese).
No entanto, mais do que o dramaturgo, é a obra que mais fascinou e continua fascinando a todos. Em plena Inglaterra do século XVI, Shakespeare tematiza o amor Romântico (ainda que no teatro) antes mesmo do surgimento do Romantismo como movimento literário, fato que só ocorreria após a publicação de “Os Sofrimentos do Jovem Werther” de Johan Wolfgang Von Goethe; cria comédias cuja riqueza de detalhes e de enredo as eleva a uma categoria válida e preciosa na Dramaturgia (vale lembrar que a Comédia era um gênero popular à época, mas ao qual não era dado o devido valor); transformou sentimentos em palavras na forma dos sonetos shakespeareanos, diferentes quanto à forma e conteúdo.
Apenas palavras minhas tornariam excessivamente tediosa e árida a leitura desse artigo; tomo então a liberdade de citar algumas das passagens do próprio Dramaturgo inglês:
“O amor é feito dos vapores dos suspiros dos apaixonados”.
“Que luz é aquela que vem da janela? É o Leste, e Julieta é o Sol”.
“Se a música é o alimento do amor, não parem de tocar. Dêem-me música em excesso; tanta que depois de saciar, mate de náusea o apetite”.
Tema tarimbado na obra Shakespeariana, o amor foi mostrado, homenageado e sorvido de diversas formas. Em Romeu e Julieta revela-se a intensidade do Amor, tão forte quanto a morte, dramático e sublime; trágico. Em Sonho de Uma Noite de Verão, divertimo-nos observando a inconstância e imprevisibilidade do Amor, suscetível a toda sorte de acasos. Ainda que seja impossível retratar tão sublime sentimento apenas com palavras, William Shakespeare fez tanto quanto um Homem pode fazer para expressar seu apreço ao Amor. Porém engana-se quem pensa que ele teve uma vida amorosa feliz; casou-se ainda jovem com Anne Hathaway, mulher 9 anos mais velha que a ele deu a luz dois filhos; tão inconstante como as próprias paixões que retratava, William parte em busca de novas paixões, renegando o próprio casamento e a família, mostrando como muitas vezes o fim da paixão tem como conseqüência o fim do amor, sendo este tão frágil como um fio de cabelo e (ironicamente) ao mesmo tempo tão forte quanto a morte (que o provem o veneno sorvido por Romeu e a lâmina cruel que vitimou Julieta, os quais mesmo ceifando a vida de ambos, não foi capaz de destruir o amor entre eles, imortalizado na masterpiece shakespeariana). Pois assim é o amor: para que a chama se mantenha acesa, é preciso que ambos os amantes doem do calor de seus corações, de suas almas.
Também a nobreza, a ambição, feitos heróicos e traições são retratados de forma irrepreensível em obras como Otelo, Ricardo III, MacBeth e o Mercador de Veneza. Curiosamente, porém, Shakespeare não foi tão famoso à época como é hoje em dia; naqueles tempos ainda que fosse admirado, perdia em notoriedade para o jovem Christopher Marlowe, favorito de Londres, igualmente talentoso. Entretanto, o tempo confirmou o que anteriormente foi dito: Shakespeare é imortal até os dias de hoje (ao contrário de Marlowe sequer comentado na atualidade); foi realmente um homem a frente de seu tempo...
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Ivaldo Neto
Sonho
Lancei-me ao sonho quente
maravilhada por sua natureza pacífica
Estava eu sentada
à beira de um lago encantado
aguardando alguém
mas quem?
Deleitei-me com o sosssego
em meio àquele mar de flores
as árvores farfalhavam
em um burburinho
comunicando-se com o vento
e chamavam para a roda
a Lua
que na superfície do lago
há pouco dormia ao relento
Foi então que o vento
de repente perdeu o ar
e as árvores frenéticas
deusas
começaram a sibilar
um outro ser aparecia
dissipando qualquer escuridão
Em meio à roda
exlpodiu magia
e tudo clareou
Era um poeta que descia
dos céus,
para proclamar seus versos
ao meu lado
Em suas palavras me vi perdida
sabia que não iria voltar
E tudo cantava para ele
lago, estrelas, vento, flores e Lua
e ele retribuiu o amor em meus olhos
fez do instante meu eterno repouso
Mas então acordei
de repente o sonho se foi
tentei agarrar-me ao poeta
mas ele me escapou
só para que eu o procurasse
por toda a eternidade...
maravilhada por sua natureza pacífica
Estava eu sentada
à beira de um lago encantado
aguardando alguém
mas quem?
Deleitei-me com o sosssego
em meio àquele mar de flores
as árvores farfalhavam
em um burburinho
comunicando-se com o vento
e chamavam para a roda
a Lua
que na superfície do lago
há pouco dormia ao relento
Foi então que o vento
de repente perdeu o ar
e as árvores frenéticas
deusas
começaram a sibilar
um outro ser aparecia
dissipando qualquer escuridão
Em meio à roda
exlpodiu magia
e tudo clareou
Era um poeta que descia
dos céus,
para proclamar seus versos
ao meu lado
Em suas palavras me vi perdida
sabia que não iria voltar
E tudo cantava para ele
lago, estrelas, vento, flores e Lua
e ele retribuiu o amor em meus olhos
fez do instante meu eterno repouso
Mas então acordei
de repente o sonho se foi
tentei agarrar-me ao poeta
mas ele me escapou
só para que eu o procurasse
por toda a eternidade...
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Bruna Guimarães
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Dama da Fortuna
Tão logo a vida começou
O Destino seus dados lançou
E a Sorte, dama sagaz
Prontamente mostrou do que é capaz
Da ventura o alvo brio ela pode tornar
No lodo negro e mordaz do fracasso
Irônico filho não do descaso,
Mas da Roda da Fortuna
E a quem salvo conduto a Dama prover
É possível imaginar
Os intensos deleites que há de experimentar
Porém amigo esteja atento,
A Roda gira sempre
E o que veio fácil pode ir rápido como o vento...
Fevereiro de 2010
O Destino seus dados lançou
E a Sorte, dama sagaz
Prontamente mostrou do que é capaz
Da ventura o alvo brio ela pode tornar
No lodo negro e mordaz do fracasso
Irônico filho não do descaso,
Mas da Roda da Fortuna
E a quem salvo conduto a Dama prover
É possível imaginar
Os intensos deleites que há de experimentar
Porém amigo esteja atento,
A Roda gira sempre
E o que veio fácil pode ir rápido como o vento...
Fevereiro de 2010
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Ivaldo Neto
Vou-me
Quisera eu poder remeter teu pensamento
Pegá-lo não só quando ele corre mil lugares/segundo
Mas também quando ele se lembra de mim
E assim,
Te fazer pensar em mim!
Volte a pensar em mim...
Vou te pensar em mim...
Que eu vou me pensar em ti!
Pegá-lo não só quando ele corre mil lugares/segundo
Mas também quando ele se lembra de mim
E assim,
Te fazer pensar em mim!
Volte a pensar em mim...
Vou te pensar em mim...
Que eu vou me pensar em ti!
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Pedro Vinícius Oliveira Sousa
domingo, 4 de abril de 2010
O Poder dos Sonhos: O “Espírito sem Limites” de “O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha” em um Paralelo com a Realidade.
Todos já vimos estátuas de pessoas importantes em praças ou parques; bem comum na verdade. Mas e de personagens? Bastante incomum. Pois bem, no centro de Madrid há uma imensa estátua de Dom Quixote e Sancho Pança, os dois protagonistas da obra prima de Miguel de Cervantes y Saavedra, ambos conhecidos no mundo todo e presentes vivamente no imaginário popular há cerca de 500 anos. Eu poderia simplesmente realizar uma síntese do famoso romance e comentá-lo quanto a seus aspectos físicos, estéticos. Em vista de ser tão conhecida a obra, não é necessário o resumo; e seria simplório demais da minha parte realizar tais comentários pragmáticos. Não, o que pretendo fazer (ousadia da minha parte talvez) é penetrar fundo na mente e se possível na alma humana, revelando os simbolismos presentes na obra e levantando questões fundamentais à nossa própria condição humana.
Cervantes talvez tenha ido mais longe do que pretendia. Ao retratar as aventuras (e desventuras) do fidalgo Alonso Quijano (Dom Quixote) nessa que é tanto tragédia quanto comédia, revelou características inerentes ao ser humano que nos tomam como um ímpeto insano que nos permite vencer até mesmo nossas limitações físicas: o espírito sem limites (a busca incessante pela realização dos sonhos, sejam eles possíveis ou não, sempre em busca de aventuras que nos libertam das cadeias da mediocridade cotidiana), a capacidade de sonhar e a coragem para lutar por aquilo que se acredita.
O romance coincide com a época das Grandes Navegações, das Grandes Descobertas, período de mudanças na mentalidade das sociedades, período de declínio dos contos de cavalaria. Fidalgo da pequena região de La Mancha, o depois autoproclamado Dom Quixote de La Mancha, encontrava abrigo em seus livros (como muitos de nós), principalmente novelas de cavalaria. Ansiava realizar grandes feitos, ainda que aqueles que o rodeavam podassem os seus desejos de realizá-los, julgando-o totalmente louco (o que era uma inverdade). Idoso e embevecido pelos livros, Alonso Quijano parte em busca de aventuras; voa alto como um Ícaro grego e tem derretidas suas asas de cera numa queda verdadeiramente triste: ao ser obrigado a abdicar de seu ideal de cavalaria, de seus sonhos, logo ele falece, bastante melancólico e desiludido.
É isso que acontece quando o ser humano torna-se incapaz de sonhar: ele perde a razão de viver, de mirar-se ao espelho e observar uma silhueta vivente sem objetivo algum, sem anseios, sem amores, sem essência. Cervantes mostra isso de forma primorosa. E ainda revela como os sonhos são algo íntimo e precioso, como jóias que têm valor apenas a seus donos: os sonhos de Alonso que, a ele pareciam tão admirados eram vitimas do desdém e do riso alheio. À parte a insanidade senil do protagonista, que atire a primeira pedra aquele que nunca sonhou com algo aparentemente inalcançável! Fica também a seguinte questão: até que ponto a realidade confunde-se à fantasia num ideal quixotesco de realização improvável? Difícil distinguir, mas vale lembrar que às vezes realmente enxergamos apenas o que queremos ver...
Ainda que de forma desajeitada, Dom Quixote acabou tornando seu sonho realidade: tornou-se um verdadeiro cavaleiro, um homem que luta por seus sonhos sem medo de defendê-los, independentemente de ser ridicularizado ou não por isso, enfrentando corajosamente os obstáculos do caminho e sempre seguindo seus ideais de justiça e hombridade, procurando fazer o que era correto não para alcançar fama ou bens pessoais, mas porque era o que devia ser feito, mesmo à sombra de seus desvarios.
Uma mensagem deve ser aprendida: da mesma forma que belos quadros nada seriam sem suas cores, e a bela arquitetura da terra de Cervantes pouco seria sem o gênio de Gaudí, o Homem nada é sem seus sonhos. Então sonhe, sonhe intensamente e busque a realização do ideal de suas paixões, amores e anseios! Ainda que frequentemente nos deparemos com obstáculos e desilusões no caminho, o convite à ventura é irresistível demais para aceitar meras desistências. Selemos então nossos corcéis e partamos ao ritmo de nossos corações (não esquecendo, no entanto a prudência), pois o tempo passa depressa demais para nos contentarmos apenas em ler sobre feitos que poderíamos nós mesmos realizar...
Cervantes talvez tenha ido mais longe do que pretendia. Ao retratar as aventuras (e desventuras) do fidalgo Alonso Quijano (Dom Quixote) nessa que é tanto tragédia quanto comédia, revelou características inerentes ao ser humano que nos tomam como um ímpeto insano que nos permite vencer até mesmo nossas limitações físicas: o espírito sem limites (a busca incessante pela realização dos sonhos, sejam eles possíveis ou não, sempre em busca de aventuras que nos libertam das cadeias da mediocridade cotidiana), a capacidade de sonhar e a coragem para lutar por aquilo que se acredita.
O romance coincide com a época das Grandes Navegações, das Grandes Descobertas, período de mudanças na mentalidade das sociedades, período de declínio dos contos de cavalaria. Fidalgo da pequena região de La Mancha, o depois autoproclamado Dom Quixote de La Mancha, encontrava abrigo em seus livros (como muitos de nós), principalmente novelas de cavalaria. Ansiava realizar grandes feitos, ainda que aqueles que o rodeavam podassem os seus desejos de realizá-los, julgando-o totalmente louco (o que era uma inverdade). Idoso e embevecido pelos livros, Alonso Quijano parte em busca de aventuras; voa alto como um Ícaro grego e tem derretidas suas asas de cera numa queda verdadeiramente triste: ao ser obrigado a abdicar de seu ideal de cavalaria, de seus sonhos, logo ele falece, bastante melancólico e desiludido.
É isso que acontece quando o ser humano torna-se incapaz de sonhar: ele perde a razão de viver, de mirar-se ao espelho e observar uma silhueta vivente sem objetivo algum, sem anseios, sem amores, sem essência. Cervantes mostra isso de forma primorosa. E ainda revela como os sonhos são algo íntimo e precioso, como jóias que têm valor apenas a seus donos: os sonhos de Alonso que, a ele pareciam tão admirados eram vitimas do desdém e do riso alheio. À parte a insanidade senil do protagonista, que atire a primeira pedra aquele que nunca sonhou com algo aparentemente inalcançável! Fica também a seguinte questão: até que ponto a realidade confunde-se à fantasia num ideal quixotesco de realização improvável? Difícil distinguir, mas vale lembrar que às vezes realmente enxergamos apenas o que queremos ver...
Ainda que de forma desajeitada, Dom Quixote acabou tornando seu sonho realidade: tornou-se um verdadeiro cavaleiro, um homem que luta por seus sonhos sem medo de defendê-los, independentemente de ser ridicularizado ou não por isso, enfrentando corajosamente os obstáculos do caminho e sempre seguindo seus ideais de justiça e hombridade, procurando fazer o que era correto não para alcançar fama ou bens pessoais, mas porque era o que devia ser feito, mesmo à sombra de seus desvarios.
Uma mensagem deve ser aprendida: da mesma forma que belos quadros nada seriam sem suas cores, e a bela arquitetura da terra de Cervantes pouco seria sem o gênio de Gaudí, o Homem nada é sem seus sonhos. Então sonhe, sonhe intensamente e busque a realização do ideal de suas paixões, amores e anseios! Ainda que frequentemente nos deparemos com obstáculos e desilusões no caminho, o convite à ventura é irresistível demais para aceitar meras desistências. Selemos então nossos corcéis e partamos ao ritmo de nossos corações (não esquecendo, no entanto a prudência), pois o tempo passa depressa demais para nos contentarmos apenas em ler sobre feitos que poderíamos nós mesmos realizar...
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Ivaldo Neto
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Breve comentário Expresso!
O mundo mudou
Isso é notável
e para se notar!
Nesse mais novo 'novo mundo'
Todos têm pressa
e é nessa remessa
que neste blog,
lançamos uma literatura expressa
a qualquer hora, minuto ou segundo
idade, sexo ou ideologia
Aqui,
Formamos uma "Literatulogia"
construimos e aprendemos
escrevemos aquilo que queremos
somos um grupo de
românticos
realistas
parnasianos
simbolistas
entre outros..
e,
por que não
Expressionistas?
Não só 'a qualquer hora'
mas recheada de vida
Literatura que se expressa em nossa breve vida.
sobrevivida
nos amores
no dia-a-dia
na correria retida nas rotinas.
Somos exceção!
essência
escrevemos direto da fonte da inspiração!
A arte vinda de um reflexo direto do mundo interior de cada artista!
Impressione-se e Expressione-se!
Isso é notável
e para se notar!
Nesse mais novo 'novo mundo'
Todos têm pressa
e é nessa remessa
que neste blog,
lançamos uma literatura expressa
a qualquer hora, minuto ou segundo
idade, sexo ou ideologia
Aqui,
Formamos uma "Literatulogia"
construimos e aprendemos
escrevemos aquilo que queremos
somos um grupo de
românticos
realistas
parnasianos
simbolistas
entre outros..
e,
por que não
Expressionistas?
Não só 'a qualquer hora'
mas recheada de vida
Literatura que se expressa em nossa breve vida.
sobrevivida
nos amores
no dia-a-dia
na correria retida nas rotinas.
Somos exceção!
essência
escrevemos direto da fonte da inspiração!
A arte vinda de um reflexo direto do mundo interior de cada artista!
Impressione-se e Expressione-se!
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Pedro Vinícius Oliveira Sousa
Viagem à Europa
— Pai, quero ir à Europa.
Meu pai levantou os olhos do prato e me encarou.
— Como é que é?
— Quero ir à Europa.
Seus olhos ficaram fixos no meu rosto por alguns segundos, céticos. Eu tinha certeza que ele ia recusar.
Abaixou os olhos e disse:
— Claro. Falamos disso depois.
— Sério?
— Sério.
Depois, eu estava deitada na minha cama, assistindo televisão, pensando se ele realmente estava falando a verdade ou só debochando.
Meu pai entrou no quarto, desligou a TV e jogou-me algo.
— Boa viagem à Europa.
Calmamente, ele saiu do quarto. Sem entender, olhei para o livro que ele havia jogado em minhas mãos.
Os dias que se seguiram foram os melhores da minha vida. Não só visitei a Europa, mas também a China, suas muralhas e seus samurais; a Índia e seus deuses; o Brasil colônia e seus engenhos; e cada canto do mundo que ainda não fora totalmente explorado. Até outra galáxia visitei.
Conheci Luís XIV, o faraó Quéops, Jesus Cristo, Aluísio de Azevedo, Dostoiévski, José Saramago e muitos outros amigos eternos.
Resolvi crimes e apliquei castigos, voei com dragões, lutei contra nações de Marte, chorei as dores de um amor, fui julgada, desci vinte mil léguas submarinas e adquiri títulos reais.
E no final de tudo, com tantas vidas, cheias de emoções e aventuras várias, que eu havia experimentado, eu só tinha uma coisa a dizer: Bendito o dia em que eu quis ir à Europa!
Meu pai levantou os olhos do prato e me encarou.
— Como é que é?
— Quero ir à Europa.
Seus olhos ficaram fixos no meu rosto por alguns segundos, céticos. Eu tinha certeza que ele ia recusar.
Abaixou os olhos e disse:
— Claro. Falamos disso depois.
— Sério?
— Sério.
Depois, eu estava deitada na minha cama, assistindo televisão, pensando se ele realmente estava falando a verdade ou só debochando.
Meu pai entrou no quarto, desligou a TV e jogou-me algo.
— Boa viagem à Europa.
Calmamente, ele saiu do quarto. Sem entender, olhei para o livro que ele havia jogado em minhas mãos.
Os dias que se seguiram foram os melhores da minha vida. Não só visitei a Europa, mas também a China, suas muralhas e seus samurais; a Índia e seus deuses; o Brasil colônia e seus engenhos; e cada canto do mundo que ainda não fora totalmente explorado. Até outra galáxia visitei.
Conheci Luís XIV, o faraó Quéops, Jesus Cristo, Aluísio de Azevedo, Dostoiévski, José Saramago e muitos outros amigos eternos.
Resolvi crimes e apliquei castigos, voei com dragões, lutei contra nações de Marte, chorei as dores de um amor, fui julgada, desci vinte mil léguas submarinas e adquiri títulos reais.
E no final de tudo, com tantas vidas, cheias de emoções e aventuras várias, que eu havia experimentado, eu só tinha uma coisa a dizer: Bendito o dia em que eu quis ir à Europa!
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Bruna Guimarães
quinta-feira, 1 de abril de 2010
PEDEGINJA - Tire o seu cavalo da chuva
Vou sair à noite
E procurar
Tudo o que eu jamais achei que um dia fosse procurar
E se você espera
Que eu vá voltar
Tire o seu cavalo da chuva
Que ele vai se resfriar
De tanto me aguardar
Eu perdi o rumo
E já não me entendo
Eu ganhei o mundo
E já não mereço
Esse amor que você guarda ... Para mim
Tire o seu cavalo da chuva
me esqueça
É o melhor que faz
Vá à praça
Procurar outro rapaz
Vá à praça
Procurar outro rapaz pra você
Nossas mentes já
São muito diferentes
Você sempre amarga
E eu sempre contente
Por estar...
Só...
Por estar...
Só...
Eu deixo o vento me carregar
Para onde quiser me levar
E com certeza não será
Para mais perto de você...
de você...
de você...
de você...
Tire o seu cavalo da chuva...
Que ele vai se resfriar de tanto me aguardar!
E procurar
Tudo o que eu jamais achei que um dia fosse procurar
E se você espera
Que eu vá voltar
Tire o seu cavalo da chuva
Que ele vai se resfriar
De tanto me aguardar
Eu perdi o rumo
E já não me entendo
Eu ganhei o mundo
E já não mereço
Esse amor que você guarda ... Para mim
Tire o seu cavalo da chuva
me esqueça
É o melhor que faz
Vá à praça
Procurar outro rapaz
Vá à praça
Procurar outro rapaz pra você
Nossas mentes já
São muito diferentes
Você sempre amarga
E eu sempre contente
Por estar...
Só...
Por estar...
Só...
Eu deixo o vento me carregar
Para onde quiser me levar
E com certeza não será
Para mais perto de você...
de você...
de você...
de você...
Tire o seu cavalo da chuva...
Que ele vai se resfriar de tanto me aguardar!
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Pedro Vinícius Oliveira Sousa
Tema Recorrente: A Efemeridade do Tempo
“O tempo voa”. Essa afirmação nunca foi tão verdadeira como é hoje em dia. Em nossas leituras muitas vezes observamos essa verdade universal, ainda que sob diferentes pontos de vista. É tema recorrente em escritos literários o fato de o tempo ser passageiro, de nossas ações serem passageiras, nossas emoções; com a imortalidade é agraciada apenas a essência das coisas, aquilo que é fundamental.
A luta contra o Tempo é diária; agora mesmo travo esta batalha enquanto escrevo este artigo, dividido entre a vontade de escrever, de ler meus livros; a necessidade de estudar meus textos econômico-filosóficos; a saudade de acariciar as cordas de uma guitarra e fraqueza humana de dormir...
Ah, mas este nosso tempo não se restringe à definição da Física; não é apenas o intervalo espaço temporal em que é possível a realização de trabalhos. Não, é muito mais do que isso. Às vezes parece passar devagar demais, como se os ponteiros de nossos relógios houvessem parado; e outras vezes parece passar rápido demais, enquanto imploramos que ele cesse sua fúria, sua impetuosidade, para que aproveitemos melhor os momentos que ficam guardados em nossas memórias.
Sobre esses momentos é preciso ressaltar: na maioria das vezes os deixamos passar sem dar a devida atenção; deixamos passar alegrias, tristezas, amigos, pessoas importantes; tudo porque freqüentemente somos desatentos. Um dia podemos sentir falta de momentos que vivemos ou pior, de momentos que poderíamos ter vivido. Dessa forma é importante viver cada momento atribuindo-lhe a devida importância, saboreando o que a vida nos oferece de melhor.
Isso se mostra ainda mais verdadeiro quando observamos o fazer poético de autores como Castro Alves e Álvares de Azevedo: Alves mostrava a alegria de seus momentos, seus amores, suas paixões; o propósito de sua luta, sua crença num amanhã pelo qual vale a pena viver. E Azevedo, ainda que muito prematuramente tenha expirado, mostrou que apesar de seus medos, suas angústias, soturnas formas e temores, aproveitou o Tempo da forma que lhe pareceu apropriada, sem o arrependimento de ter deixado para trás pendências a cumprir que não fossem aquelas delimitadas pela sua própria e efêmera existência...
A luta contra o Tempo é diária; agora mesmo travo esta batalha enquanto escrevo este artigo, dividido entre a vontade de escrever, de ler meus livros; a necessidade de estudar meus textos econômico-filosóficos; a saudade de acariciar as cordas de uma guitarra e fraqueza humana de dormir...
Ah, mas este nosso tempo não se restringe à definição da Física; não é apenas o intervalo espaço temporal em que é possível a realização de trabalhos. Não, é muito mais do que isso. Às vezes parece passar devagar demais, como se os ponteiros de nossos relógios houvessem parado; e outras vezes parece passar rápido demais, enquanto imploramos que ele cesse sua fúria, sua impetuosidade, para que aproveitemos melhor os momentos que ficam guardados em nossas memórias.
Sobre esses momentos é preciso ressaltar: na maioria das vezes os deixamos passar sem dar a devida atenção; deixamos passar alegrias, tristezas, amigos, pessoas importantes; tudo porque freqüentemente somos desatentos. Um dia podemos sentir falta de momentos que vivemos ou pior, de momentos que poderíamos ter vivido. Dessa forma é importante viver cada momento atribuindo-lhe a devida importância, saboreando o que a vida nos oferece de melhor.
Isso se mostra ainda mais verdadeiro quando observamos o fazer poético de autores como Castro Alves e Álvares de Azevedo: Alves mostrava a alegria de seus momentos, seus amores, suas paixões; o propósito de sua luta, sua crença num amanhã pelo qual vale a pena viver. E Azevedo, ainda que muito prematuramente tenha expirado, mostrou que apesar de seus medos, suas angústias, soturnas formas e temores, aproveitou o Tempo da forma que lhe pareceu apropriada, sem o arrependimento de ter deixado para trás pendências a cumprir que não fossem aquelas delimitadas pela sua própria e efêmera existência...
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